09/03/2008

Entrevista ao John Grogan

Entrevistador: Porque é que decidiu escrever sobre um cão desastrado?
Entrevistado: Bem,eu gosto de pensar que "Marley e Eu" é menos uma história sobre um cachorro e mais uma história sobre uma jovem família em formação e sobre o cachorro que a ajudou a formar e definir.

Entrevistador: Na infância você viveu com animais de estimação?
Entrevistado: Sim.Tínhamos um gato, Félix, que não era amoroso. Ele era mais conhecido por me arranhar sempre que eu tentava acariciá-lo. Ganhei o meu cachorro, Shaun, quando tinha 10 anos. Era meu e não da família. Eu era responsável por alimentá-lo e acarinhá-lo. Essa experiência ensinou-me muito sobre a responsabilidade de cuidar de um ser totalmente dependente.

Entrevistador: O que é que os seus filhos aprenderam com Marley e toda a sua indisciplina, e aprenderam agora com a Gracie?
Entrevistado: Os meus três filhos cresceram com Marley. E Marley sempre foi gentil e paciente, algo que me surpreendia, porque ele ficava fora de controle em outras situações. As crianças amavam o Marley não como um animal de estimação, mas como um membro da família. Como eram muito jovens, não diferenciavam gente e animal. Por isso, sofreram demais com a morte dele. Mas acho que introduzir o tema morte de forma delicada foi um dos maiores presentes que Marley pôde dar a sua família. Hoje as crianças são bem próximas de Gracie, mas elas são mais velhas e a relação mudou.

Entrevistador: Você imaginou que ia ter tanto sucesso?
Entrevistado: Não. Foi uma surpresa. Há muitos livros e filmes sobre cães perfeitos, mas acredito que a maioria dos leitores conseguiram lembrar-se dos seus animais por meio das situaçoes que eu descrevo. Eles não têm o melhor cão do mundo, o mais disciplinado, bem treinado ou com melhor temperamento, mas adoram os seus animais e a amizade entre eles trabalha a favor dessa relação.

Muito obrigado por a sua atenção e disponibilidade!